por Editorial aboutCOM
Considerado o grande terror do assessor – e do jornalista – o follow-up pode arruinar o relacionamento da empresa com a mídia se mal conduzido
Conseguir destaque (positivo) na mídia: esse é um dos principais objetivos das empresas ao buscar uma assessoria de imprensa. Para isso, manter um canal aberto com os veículos de interesse é de suma importância e parte de uma estratégia de comunicação eficaz. O chamado follow-up, expressão americana para o termo ‘fazer o acompanhamento’, é uma das ferramentas mais utilizadas, seja antes ou depois de uma sugestão de pauta.
Apesar de parecer algo simples – afinal, trata-se “apenas” de uma ligação para o jornalista – é uma das atividades mais críticas do trabalho de PR e, se mal conduzido, pode arruinar o relacionamento da empresa com a mídia, encerrando as chances de emplacar uma matéria. E, acredite, isso é mais comum do que parece. Veja, a seguir, cinco regras do follow-up burro:
- Ligar para um jornalista sem conhecer a linha editorial do veículo no qual trabalha nem, sequer, já ter lido alguma matéria dele;
- Mandar o release para deus@terra e telefonar cinco minutos depois para
t-o-d-o o mailing, apenas para checar o recebimento. O que adianta só saber se o email chegou, se você nem sabe direito com qual veículo está falando? Há grande risco de enviar um material sobre “como cuidar de seu jardim” para uma revista que cobre economia e política;
- Pedir para o funcionário mais novo da empresa entrar em contato com o jornalista. Vai ser muito eficaz, afinal, ele já sabe tudo sobre o cliente e a pauta, não é? Não!;
- Não conhecer a rotina da mídia e escolher o dia e hora exatos do fechamento para ligar;
- Telefonar depois de uma semana e perguntar: você recebeu o release que enviei no dia 2 de outubro, às 14h54?. Assim como você, o jornalista recebe milhares de mensagens no decorrer de uma semana e passar detalhes do momento exato que enviou um material, não adianta em nada e, certamente, ele não vai checar.
Preste atenção nessas regras para não transformar o follow-up em uma experiência desastrosa para você e para o jornalista.
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Imagem: Dpositphotos