Como analisar dados com assertividade na comunicação corporativa?
A comunicação está cada vez mais data-driven. O armazenamento e análise dos dados obtidos com a finalidade de gerar aprendizados valiosos estão sendo utilizados com mais propriedade e inteligência pelas agências, que precisam endereçar as estratégias de relações públicas com mais assertividade.
Profissionais ainda focam energias e olhares apenas para métricas quantitativas, aquelas que são visíveis, quase palpáveis, dentro de uma estratégia. Likes, views, acessos, número de clippings, são apenas alguns exemplos famosos. Mas, o que eles indicam? O que é possível obter de insight olhando para esses dados?
É preciso ter cautela para fazer as perguntas certas. Nem sempre grandes números indicam o sucesso de uma ação. O foco nos dados provenientes de algoritmos é muito importante, mas pode desviar a atenção de outros objetivos previamente estabelecidos.
Métricas de vaidade x Métricas assertivas
A comunicação institucional, dentro de um recorte de assessoria de imprensa, por exemplo, costuma metrificar suas campanhas por meio do número de clippings gerados ou alcance do veículo. É um ponto de vista quantitativo, que estabelece uma meta mensurável numericamente e que a considera como parâmetro para o sucesso do projeto. Mas não é o método mais eficiente.
Uma publicação relevante e de grande alcance considerada tier 1 pelo senso comum pode ser completamente ineficaz se ela não conversar com as personas certas nem atingir os objetivos traçados. Ela acaba funcionando mais como uma métrica de vaidade do que necessariamente uma visualização assertiva. E essa estrutura nem sempre condiz com os objetivos reais do negócio, podendo mudar totalmente de importância dependendo do projeto.
Um bom exemplo é o caso de uma empresa de tecnologia que foi destaque no site do Globo Rural. À primeira vista, não há lógica nessa tática de comunicação. Porém, ao desenvolvermos uma pauta que uniu tecnologia e agronegócio, a estratégia se tornou um grande sucesso.
A prática, aqui na aboutCOM, tem mostrado cada vez mais a importância de olhar para além dos dados quantitativos. E, apenas usá-los, gerar insights e percepções qualitativas com o intuito de desenhar estratégias cada vez mais eficazes. Isso tudo trazendo o cliente para perto, com o objetivo de definir KPIs mais alinhados com a estratégia de comunicação e conquistar resultados que verdadeiramente impactem positivamente nos objetivos da empresa com aquela ação.
T2H: um olhar integrado da comunicação
É difícil superar os desafios da departamentalização, já que muitas vezes as equipes são separadas por ferramentas (uma cuida de Social Media, outra de PR, por exemplo), e acabam se distanciando da visão da estratégia integrada.
Por aqui, a metodologia T2H (Tech To Human) é o ponto de partida e chegada, pois consideramos a humanização da comunicação empresarial como meta para as empresas que trabalham conosco. Conhecemos a companhia, seus princípios e seus objetivos. A partir dessa compreensão, criamos KPIs de forma integrada, fundamentando uma estratégia focada em resultados.
Com esse foco, ampliamos a inteligência sobre a estratégia integrada para a marca, equilibrando tecnologia e visão analítica para resultados mais assertivos.
Essa mudança de comportamento na comunicação é mais que urgente. Não só no serviço de assessoria, como também em diversos outros que precisam do olhar estratégico acima de tudo. No próximo artigo, por exemplo, contaremos como essa situação pode ser diferente dentro do trabalho de mídias digitais. Fique ligado.