Por Flavia Sobral
Já é uma prática muito comum no universo de quem faz assessoria para produto, diversificar o mailing. Isso quer dizer, por exemplo, que o lançamento de um celular pode (e deve) ser trabalho no mailing de tecnologia, mas também no de consumo, tendências, moda (e por que não se o design é atraente?) e muitos outros. Mas no mercado B2B (empresas que vendem para empresas), apesar de representar um grande diferencial, ainda não é uma prática muito comum.
Uma das primeiras atividades que fazemos quando temos um novo cliente de assessoria de imprensa é uma reunião de briefing. Esse momento serve não só para uma imersão no cliente, mas para já pensarmos em possíveis pautas a trabalhar, e, por que não, quais são os veículos que teriam interesse em falar delas. O erro comum está nesta fase, se considerarmos apenas o negócio principal do cliente, e não necessariamente de que setor são os clientes do nosso cliente.
Aqui na aboutCOM, por exemplo, 80% dos nossos clientes são das áreas de TI e Telecom, B2B. Isso quer dizer que se não ampliarmos as nossas estratégias de comunicação para além dos veículos que cobrem esses setores, falaremos sempre com o mesmo público e as mesmas pessoas – e nosso cliente vai sair sempre nos mesmos meios.
Vale comentar que o papel do assessor de imprensa não é só fazer de tudo para o cliente sair na mídia, mas fazer com que ele saia nos veículos que atinjam o seu público de negócios. Ou seja, diversificar é fundamental!
Estamos vendo muito sucesso em estratégias que incluem meios de comunicação que cobrem verticais (setores) para os quais nossos clientes vendem suas soluções. E como tecnologia hoje é fundamental para a sobrevivência de um negócio, por que não ver uma história sobre ela em veículo de agronegócios, indústria, logística, automóveis e tantos outros?!
Volto ao meu incansável discurso: para comunicar, e fazer direito, é preciso estratégia. E para montar uma estratégia de comunicação eficiente, é preciso ir além, pensar além e, com certeza, diversificar a voz.
Saiba mais
A tecnologia pode substituir o trabalho do assessor de imprensa?
Quanto vale uma estratégia de comunicação?
Imagem: Depositphotos