Por Flavia Sobral Faccioni
De um tempo para cá, tenho participado de reuniões com empresas em busca de uma assessoria de imprensa que, à princípio, tem uma boa ideia dos seus objetivos de comunicação – aumentar a visibilidade e, por sua vez, a confiança em sua marca por meio da exposição em veículos lidos por seus possíveis compradores. Enfatizo aqui o ‘à princípio`, porque não me assusto quando depois de parecermos alinhados com esse objetivo, vem aquela pergunta: “e o que preciso fazer para sair na capa da Exame?”. E, daí para frente, eu paro de acreditar completamente que as pessoas realmente sabem como a comunicação pode auxiliar nos negócios.
A maioria dos nossos clientes por aqui, são empresas que vendem para empresas, ou, como costumamos chamar, B2B. Muitas vezes, o diferencial de um trabalho de assessoria de imprensa para essas empresas é alcançar as mídias de indústrias, para as quais eles fazem soluções. Simplificando: se a empresa faz uma solução para o agronegócio, sair nas revistas que os empresários desse setor leem. Isso tem sido visto no mercado como um grande diferencial do nosso trabalho.
E não é porque trabalhamos com as ‘verticais’, que vamos desconsiderar a grande mídia – especialmente as de negócios. Mas, para que uma empresa B2B saia em uma das consideradas grandes mídias, é preciso uma notícia realmente relevante para o mercado (uma nova estratégia corporativa, grande investimento no Brasil ou assuntos afins). E não é porque tecnologia (principal assunto de muitos de nossos clientes) é um assunto de interesse geral, que todos os temas dentro da tecnologia podem alcançar as grandes mídias.
As perguntas a serem feitas aqui vão até um pouco além disso: o que a sua empresa realmente vai ter de retorno se sair na capa da Exame? O público que compra a sua solução ou que convence alguém na empresa a comprar lê a Exame? Pode ser que a resposta seja sim. Não é raro e há pouco tempo tivemos um exemplo assim: uma organização de certificações em tecnologia de informação traçou o perfil do executivo de TI procurado no mercado brasileiro em conjunto com líderes do setor – e lá estava a nossa ‘home’ (afinal, foi na capa online da Exame).
Acredito que o melhor conselho aqui seja, como sempre, educar o cliente. Às vezes, a capa ou mesmo a grande mídia vai vir, às vezes não. Mas pode ser que a visibilidade nos demais veículos pode ter – e normalmente, na nossa experiência tem – um impacto positivo muito maior nos negócios. É uma questão de fazer o trabalho de apuração e encontrar as notícias certas dentro dos nossos clientes, para cada tipo de mídia. E, claro, ter uma boa dose de paciência para educar e reeducar nossos clientes sempre que for preciso.
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